Wilson Lima decide recorrer ao STF para evitar depoimento na CPI da Pandemia

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Com a convocação de governadores para prestar depoimento na CPI da Pandemia, as gestões estaduais pretendem ingressar ainda nesta sexta-feira (28) com pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para desobrigar os chefes de governos locais a comparecerem à comissão do Senado.


A ideia é apresentar uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), questionando a competência da CPI da Pandemia para convocar chefes do Poder Executivo estadual para prestar depoimento.

O movimento é feito em conjunto. Embora nove governadores tenham sido convocados até agora, outros chefes de executivo se adiantaram para dar mais força à ação.

Até agora, segundo apurou a CNN, pelo menos 19 governos estaduais devem participar da ofensiva judicial. O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), confirmou à reportagem que a expectativa é de que a medida seja apresentada nesta tarde.

“Devemos ajuizar agora à tarde”, disse o petista. “E está aberto a adesão, mas já são  mais de 19 estados”, acrescentou. A informação foi confirmada também pelos governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e do Pará, Helder Barbalho — ambos do MDB.

A ação conta com as assinaturas dos seguintes governadores:

  • Amazonas – Wilson Lima (PSC)
  • Amapá – Waldez Góes (PDT)
  • Bahia – Rui Costa (PT)
  • Distrito Federal – Ibaneis Rocha (MDB)
  • Goiás – Ronaldo Caiado (DEM)
  • Maranhão – Flávio Dino (PCdoB)
  • Pará – Helder Barbalho (MDB)
  • Pernambuco – Paulo Câmara (PSB)
  • Piauí – Wellington Dias (PT)
  • Rio de Janeiro – Cláudio Castro (PL)
  • Santa Catarina – Carlos Moisés (PSL)
  • Roraima – Antonio Denarium (sem partido)
  • São Paulo – João Doria (PSDB)
  • Sergipe – Belivaldo Chagas (PSD)
  • Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB)
  • Rondônia – Coronel Marcos Rocha (PSL)
  • Alagoas – Renan Filho (MDB)
  • Tocantins – Mauro Carlesse (PSL)
  • Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB)

As ações devem ser apresentadas pelas procuradorias-gerais estaduais. Os governadores envolvidos ainda não definiram se irão apresentar, posteriormente, mandados de segurança, para evitar serem penalizados caso não compareçam ao depoimento.

A expectativa é que os depoimentos dos governadores convocados ocorram no final do mês que vem, segundo integrantes do chamado G7, grupo de senadores de oposição e independentes.