Secretário de Saúde Marcellus Câmpelo é considerado foragido pela Polícia Federal

A polícia federal procurou Marcellus Campêlo em dois locais, na manhã desta quarta-feira (2), mas ele não foi encontrado (Foto: Divulgação / Secom)

Manaus – O secretário estadual de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêllo, está foragido da Polícia Federal (PF). Ele é um dos investigados da operação Sangria, que apura possíveis práticas de crimes, como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos. O secretário foi procurado em dois endereços, na manhã desta quarta-feira (2), mas não foi encontrado.


Deflagrada na manhã desta quarta-feira, a 4ª fase da operação Sangria também realiza mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do governador do Amazonas, Wilson Lima  (PSC).

A ação da Polícia Federal visa a cumprir 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 19 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária cumpridos nas cidades de Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.

 

Investigações

De acordo com as investigações da PF, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) realizaram contratação fraudulenta, para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do governo do Estado, de um hospital de campanha que, de acordo com os elementos de prova, não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia Covid-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade.

Ainda conforme as investigação, verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.

Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.