Flamengo é acusado de homofobia por não utilizar a camisa 24 na Copinha

À Procuradoria de Justiça Desportiva do Estado de São Paulo, acionou o Flamengo por prática homofóbica. De acordo com a ação movida pela Procuradoria, o motivo seria a não utilização do número 24 na identificação dos jogadores que estão competindo na Copa São Paulo de Juniores.


O argumento do Grupo Arco-Íris, representado pelo advogado Carlos Nicodemus, é que a não utilização do número, associado, pejorativamente aos homossexuais, é uma forma de preconceito e discriminação velada.

A questão envolvendo o número e o crime de homofobia seria por conta da relação com o jogo do bicho, onde o número 24 representa o veado, termo pejorativo utilizado para se referir a população LGBTQIA+.

Para o Grupo Arco-Íris, o Rubro-negro contribui fomenta práticas discriminatórias ao não utilizar a numeração em seu elenco.

“Nem toda homofobia é explícita. Muitas vezes, está implícita e disfarçada. A imagem que fica marcada não é a de um eventual dirigente ou atleta com uma suposta prática homofóbica, mas uma eventual suposta prática de discriminação homofóbica institucional”, falou Cláudio Nascimento, presidente do grupo.

Esta não é a primeira ação protocolada pelo grupo, sediado no Rio de Janeiro, contra o Flamengo pelo mesmo motivo. No final de dezembro, época da divulgação dos inscritos na Copinha, eles protocolaram um questionamento ao clube no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.