Manaus – O Governo do Amazonas se posicionou, na manhã desta sexta-feira (9), após a prisão do secretário adjunto de inteligência, delegado Samir Freire, e outros três investigadores da Polícia Civil durante a operação “Garimpo Urbano” realizada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Federal.
Em comunicado à imprensa, o Governo informou que os agentes públicos estaduais alvos da operação serão afastados dos cargos que ocupam e exonerados das funções.
informou o Poder Executivo, em nota.
Cúpula da SSP-AM
O delegado Samir Freire foi preso pela Polícia Federal em sua casa no condomínio Ponta Negra 2, na Zona Oeste de Manaus. Atualmente, ele coordenava a Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), o principal setor da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
Antes de integrar a cúpula do sistema de segurança, Samir passou por outros importantes departamentos e delegacias do Estado.
Iniciou no município de Rio Preto da Eva. Na capital, assumiu o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e foi delegado coordenador do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera). Atuou como adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), além de atuar como plantonista no 9º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e 10º DIP.
Ainda foi adjunto da Delegacia Especializada em Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre), diretor do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc) e titular da Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente (Dema).
Em 2018, Samir Freire foi titular da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECP) e adjunto da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), onde permaneceu até o finaldo mesmo ano.
A operação
A operação “Garimpo Urbano” teve o objetivo coibir a ação de agentes públicos ligados a órgão de cúpula da Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), supostamente envolvidos na subtração de ouro, mediante graves ameaças dirigidas aos transportadores do metal precioso.
A investigação identificou o monitoramento e abordagem das vítimas mediante uso da estrutura, pessoal e expertise da Seai.
No total, foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e dez mandados de busca e apreensão. Ações aconteceram tanto em Manaus como no interior do Estado e, ainda, no interior do Pará.