O delegado Dinarte Maschall Júnior, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e responsável pela investigação do caso da menina de cinco anos que foi estuprada pelo vizinho e jogada no rio em Lajeado (RS), contou durante entrevista que os policiais militares que atenderam a ocorrência prestaram depoimento chorando.
A menina, convidada pelo vizinho para ir até o supermercado, com autorização da mãe, foi violentada pelo homem e jogada no Rio Taquari. A criança foi retirada da água inconsciente e levada pelos bombeiros ao hospital, mas não resistiu. O crime bárbaro chocou a cidade. O homem já está preso.
“O plantão que se encerra foi um dos mais difíceis da minha carreira. Nunca havia tomado o depoimento de um Policial Militar chorando. Estava difícil para todos que estavam na Delegacia de conter a emoção. Somos humanos. Nossa profissão não é pra qualquer um. Temos o dever de enfrentar o que outros não conseguiriam. Em contato com a médica que atendeu a menina, ela relatou que havia um batalhão na emergência lutando pra reanimar a criança. E por isso, é com justiça que enalteço o profissionalismo e agradeço o bom trabalho de todos que se envolveram nesta ocorrência”, contou.
O crime
“Um dos crimes mais bárbaros que se viu em Lajeado nos últimos tempos”. É assim que o delegado Dinarte Maschall Júnior, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e plantonista da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), definiu o crime envolvendo uma criança durante o sábado (4). Uma menina de cinco anos foi violentada e jogada no rio pelo vizinho da mãe da menina. A criança chegou a ser resgatada, mas não resistiu.
O crime bárbaro foi registrado durante a tarde de sábado (4), em Lajeado (RS). A menina foi encontrada às margens do Rio Taquari e estava inconsciente. Ela foi resgatada às 14h30 pelos bombeiros, que levaram ela para o Hospital Bruno Born, onde ela não resistiu e morreu.
A criança estava desaparecida. As equipes da Brigada Militar realizavam buscas pela garota quando encontraram a menina no local em parada cardiorrespiratória. O corpo da criança foi encaminhado para autópsia no Departamento Médico-Legal (DML) de Porto Alegre. Os exames devem apontar a causa da morte.
Conforme apurado pelo delegado, sujeito foi até a casa da família e convidou a criança a acompanha-lo até o supermercado, o que foi autorizado pela mãe. Passado algum tempo, diante da demora para o retorno, a mãe reuniu outros conhecidos e passou a fazer buscas à menina e ao suspeito.
Ao encontrar uma guarnição da Brigada Militar (BM), a mulher relatou o ocorrido, dando início nas buscas policiais. A mãe também procurou a Delegacia de Polícia para registrar o desaparecimento de sua filha. Em seguida, policiais civis e bombeiros também se uniram à BM para procurar pela desaparecida e o suspeito.
Em dado momento, uma guarnição da Brigada localizou o sujeito vindo da direção da barranca do Rio Taquari para o centro da cidade. As suas roupas estavam molhadas e sujas de barro, assim como foram verificados sinais de luta corporal e arranhões pelo corpo. Ele foi detido e relatou não saber de nada a respeito do sumiço da criança.
Marschall Júnior informa que os policiais seguiram nas buscas, quando foram avisados por um popular que teria visto o indivíduo carregando a criança na garupa, seguindo em direção à barranca do rio, atrás de um supermercado, pela Rua Osvaldo Aranha. O policiamento então concentrou as buscas naquelas imediações, tendo localizado o corpo da menina, totalmente nu, boiando nas águas do Taquari, inconsciente.
A vítima, já em parada cardiorrespiratória, foi imediatamente encaminhada para atendimento no Hospital Bruno Born. Contudo, ela não resistiu e morreu às 17h38. O delegado acrescenta que o relatório do prontuário médico aponta indícios de violência sexual.
O sujeito preso foi então autuado em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável, qualificado pela morte da vítima. As vestes foram recolhidas para a perícia, assim como foi solicitada a necropsia e perícia no corpo da criança para que se possa coletar vestígios comprovando a violência sexual. Posteriormente, o indivíduo foi recolhido ao Presídio Estadual de Lajeado, onde fica à disposição da justiça.
Policiais chorando
Fora do ar o delegado declarou: “O plantão que se encerra foi um dos mais difíceis da minha carreira. Nunca havia tomado o depoimento de um Policial Militar chorando. Estava difícil para todos que estavam na Delegacia de conter a emoção. Somos humanos. Nossa profissão não é pra qualquer um. Temos o dever de enfrentar o que outros não conseguiriam. Em contato com a médica que atendeu a menina, ela relatou que havia um batalhão na emergência lutando pra reanimar a criança. E por isso, é com justiça que enalteço o profissionalismo e agradeço o bom trabalho de todos que se envolveram nesta ocorrência”.
Fonte: Com informações Rádio Independente