Ataque aéreo israelense contra escola da ONU em Gaza deixa dezenas de mortos, dizem autoridades de hospital

Militares israelenses confirmaram que realizaram o ataque aéreo, que disse ter como alvo um complexo do Hamas que operava dentro da escola


Dezenas de pessoas foram mortas num ataque aéreo israelense durante a noite desta quinta-feira (6) contra uma escola administrada pelas Organização das Nações Unidas (ONU) em um campo de refugiados no centro de Gaza, de acordo com autoridades hospitalares na faixa e o escritório de mídia do governo.

O número de mortos aumentou para 45, segundo informou um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza à CNN. Inicialmente, o número de vítimas informado pelo Hospital dos Mártires de Al-Aqsa era de 39 mortos. As autoridades já alertavam que a quantidade poderia subir.

A escola, gerida pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), alojava pessoas deslocadas em Nuseirat no momento do ataque, informou o gabinete de comunicação social do governo de Gaza.

Os militares israelenses confirmaram que realizaram o ataque aéreo, que disse ter como alvo um complexo do Hamas que operava dentro da escola.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram que “muitas medidas foram tomadas para minimizar o perigo de causar danos aos não envolvidos” antes do ataque, incluindo vigilância aérea e o uso de “inteligência adicional precisa”.

De acordo com um repórter da CNN na área, a escola foi atingida por pelo menos três mísseis que penetraram no prédio de três andares.

Acredita-se que a escola esteja abrigando aproximadamente 20 mil pessoas deslocadas que se abrigaram na escola, em seu pátio e nos arredores, de acordo com o responsável.

As autoridades de Gaza disseram que os mortos e feridos continuam a ser levados para o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, que está a operar com três vezes a sua capacidade clínica, “sinalizando um verdadeiro desastre que levará a um aumento maior no número de mártires”, disse a mídia de Gaza. escritório disse.

A CNN entrou em contato com a UNRWA para comentar.

Informações: CNN Brasil