
O Pará foi o estado mais afetado pelo desmatamento recorde registrado no primeiro semestre de 2021 na Amazônia Legal, cujo número de alertas nesse período foi o maior em seis anos, de acordo com sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Foram 3.325 km² perdidos de floresta entre 1º de janeiro e 25 de junho, índice superior ao dos anos anteriores mesmo sem contabilizar os últimos 5 dias do mês.
Além do desmate, uma grande área de floresta está sob risco de queimadas nesta temporada. O alerta é de um levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e do Woodwell Climate Research. Segundo os pesquisadores, as áreas desmatadas e ainda não queimadas desde 2019 e uma seca intensa provocada pelo fenômeno La Niña indicam atenção especial no combate ao fogo, especialmente no sul do bioma.
Última etapa
“Há quase 5 mil quilômetros quadrados de área, quase quatro vezes o município de São Paulo, com vegetação derrubada e seca só esperando alguém chegar com o fogo. A queimada, nesse caso, é a última etapa do desmatamento, a forma mais barata e rápida de limpar o terreno para seu uso posterior”, diz o levantamento.
Além do tamanho da área vulnerável ao fogo este ano, mais de um terço dessa região está concentrado em apenas dez municípios de quatro estados: o noroeste de Mato Grosso; a maior parte de Rondônia; o leste do Acre; e um longo trecho da rodovia Transamazônica, localizada em grande parte no Pará.
* Com informações do G1