Grupo monopolizou conteúdo nas eleições brasileiras de 2018

Durante as eleições brasileiras de 2018, um pequeno grupo de contas e páginas monopolizou a produção de conteúdo político no Facebook. Segundo documentos internos da empresa de Mark Zuckerberg obtidos pelo Estadão, o País sofreu com a ação dos chamados “superprodutores”, usuários que publicam um alto volume de conteúdo – nos arquivos, o Brasil é citado como “a mais recente grande democracia a enfrentar uma assustadora erupção de desinformação e ódio no Facebook”.


As informações aparecem nos “Facebook Papers”, um pacote de documentos da empresa vazados para um consórcio internacional de veículos de imprensa, incluindo Estadão, New York Times, Washington Post, Guardian e Le Monde. A divulgação foi feita à Securities and Exchange Commission (SEC, na sigla em inglês), órgão regulador das empresas listadas em bolsa nos Estados Unidos. Os arquivos também foram fornecidos ao Congresso americano de forma editada pelo consultor jurídico de Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook que coletou pesquisas internas da rede social após pedir demissão em maio deste ano por discordar das atitudes da companhia.

*TERRA